03 dezembro 2006

Noite em bar

Ora, já há algum tempo que não escrevo umas linhas neste meu espaço “cibernético”, já nem me lembro porque o “abri”, fez no mês passado UM ANO!! E não festejei. Bahh. Sei é que prometi que iriam ser mais frequentes os posts e até agora… enfim.
Para os que não sabem fiz há dois dias atrás os meus 30 anos, ah pois é, estou na barreira, ainda não a ultrapassei mas já estou lá. E gostaria de compartilhar convosco a aventura de uma saída à noite em Setúbal, essa cidade maravilhosa com o eterno rio azul, ainda com roazes (espécie de golfinhos) a nadarem alegremente pelas correntezas do azul magnífico que é o Rio Sado.
Fomos jantar ao Caravela, restaurante de eleição pela pacatez que proporciona a todos os que lá vão e pela sua localização longe da confusão dos restaurantes da Luísa Todi (avenida principal e onde ficam a maioria dos bares), maravilha de jantar, foram poucos mas bons, (o núcleo duro da rapaziada com já designo) e depois a saída onde? Bares na Avenida, uauuu, já não saía há sei lá quanto tempo com a malta que estava ao rubro! Lá fomos para o bar onde um dos membros do núcleo duro trabalha! Choque inicial karaoke cantado por um voz esganiçada que lá arrebatou alguns aplausos efusivos (certamente dos amigos) e depois o rapaz do respectivo karaoke a dançar, enfim os meus olhos ficaram ..nem vale a pena referir. Ficámos à porta para não variar, mas não sem antes o porteiro (sim os bares em Setúbal têm porteiro/s) armado em algo que não percebi bem ter dito à minha irmã que estava de muleta “Isso é uma arma”, à minha irmã!!! MEU DEUS! Sim a rapariga poderia perder as estribeiras, pegar na muleta tal qual uma G3 e começar a “disparar” em todos os sentidos!! Até porque a manita não anda na rua sem ser de muleta, Mas, como o mundo anda, “isto nunca se sabe, claro está”.
Depois de alguma relutância lá entrei atrás dos poucos que ficaram do pouco que restou do núcleo duro do jantar (sim porque , ah o meu filho e tal está doente (compreensível), eu vou embora ainda tenho de ir buscar a namorada ( foi-se e não voltou), eu vou para casa, estou cansada/o, OK!!!, tudo bem a idade pesa, sei!), para o bar, uiiiiii coisa linda!!!
Lembro-me com saudades de aos 20 anos, passados no bairro alto todos os santos fins-de-semana, quando a malta até se divertia, uma sagres na mão, cigarro na outra debatíamos temas interessantes (para alguns) ouvíamos música, mas… não estávamos aos berros uns com os outros!!! Nem olhava para um lado e via 10 gajinhas todas vestidas de igual e 10 marmanjos todos de igual, mesmo penteado, mesmo ténis, calças pelos joelhos, etc!! quer dizer!!! E a música - se é que se pode chamar de música – tsum tsum tsum – martelos abater na minha cabeça, saí de lá mais surda do que quando da aterragem em Lisboa!!, "e pá não passam nada com rock?" “bem isto é para a malta se divertir e dançar!” – O QUÊ????? Sim com que quem ouve rock não se diverte! DANÇAR?? O QUÊ? AQUILO É DANÇAR??? – Está bem, fiquei estarrecida, ao menos passaram um cadito de música latina e kuduro e kimzonba sempre é melhor que o tsum tsum tsum tsum que não sei como se abana o corpo só vejo é braços no ar e gajos a fazerem breakdance manhoso????
Mas.. o melhor estava certamente para vir quando oiço o melhor da música que temos – Nel Monteiro em versão mixada!! Uiiii lindo, com um amigo dei os passos de música pimba e foi o êxtase da noite –gargalhada geral - foram uns minutos a imitar os velhotes das aldeias que abanam o corpito com o melhor que temos! Muito bom.
Melhor ainda é as paragens constantes com as vozes afinadíssimas da assistência como quem vai provar que sabe cantar para cima do estrado e mostra os seus dotes musicais maravilhosos, até não aguentarmos mais e já que está frio lá fora, ficamos por aqui e …. Se não podes vencê-los junta-te a eles!
Mas…. não obstante, reza a história, que o que faz um noite com amigos inesquecível é… a companhia dos amigos!!! E faça-se justiça foi boa, muito boa, até deu para ouvirmos um a fazer uma declaração à respectiva esposa ao som de um música que estava a ser maravilhosamente bem interpretada por uma voz magnificamente esganiçada de um senhor!!
Saída do bar às 2 e qualquer coisa da matina – o meu corpo implorava por silêncio – e passamos à porta de outros bares e … Nel Monteiro pensei – “o homem deve ser a nova sensação, eu é que ando distraída” e eis quando passamos por dois bares e oiço música para os meus ouvidos – ROCK – não acredito, a meia dúzia de passos da passerelle onde estivemos - “Enfim próxima saída à noite é ali que vamos “ , em tom de desafio para a ida ser já, mas já toda gente quer é ir para casa, e assim foi.

1 Comments:

Blogger Vítor Ramalho said...

Tens razão. Até eu que trabalhei tantos anos em discotecas, hoje prefiro um bar calminho, para trocar dois dedos de prosa.

12:25  

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