31 outubro 2006

AMAR

“Eu quero ser amado ou amada”- oiço muitas vezes dizer, mas e o AMAR?
Sim, o AMAR alguém, lembram-se disso?
Será que se lembram das paixonetas de adolescente que eram capazes de ficar segundos, minutos, horas, uma manhã ou uma tarde só para ver passar a outra pessoa? Ou simplesmente para receber um olá?
Quando ficavam ruborizados/as quando a outra pessoa falava?
Quando reparavam na forma como a outra pessoa mexe no cabelo? Ou que se lembravam do cheiro do perfume que trazia?
Quando se notava que havia uma peça de roupa nova?
E como pelo simples olhar ou escutar percebíamos que algo estava diferente, que estava alegre ou triste ou algo se passava com essa pessoa de quem tanto gostávamos?
Lembram-se quando dávamos o ombro para essa pessoa especial chorar ou desabafar? E que escutávamos com toda a atenção mesmo que o que ela estivesse a dizer nos parece-se absurdo?
Ou quando um simples dar a mão nos fazia sentir no mais profundo abrigo? Num porto seguro. No meio da felicidade sem fim!!!
Hoje amar, para alguns, é pacote de supermercado, tipo descongela-se e está pronto a usar, são montras de passeios, o “dar a mão” à outra pessoa é um acto mecânico, não há o olhar com atenção, o escutar as palavras e reflectir.
Eu não quero ser amada, e depois amar.

Eu quero amar e ser amada!! Isso sim

Moni