05 abril 2006

Desejo

Observo-te no luar translúcido do teu quarto, após as horas que tivemos de entrega; o teu rosto revela uma expressão serena de quem gostou, os teus lábios finos a rosados denunciam o prazer que sentiste nas explosões e tremuras de prazer.
Gosto de te ver, observar, acariciar o teu rosto depois de tudo ter acontecido. Não quero, nem posso te amar, tu és e sempre serás o meu objecto de desejo, de prazer secreto.
Os pensamentos e sentimentos são nossos e demais ninguém, secretamente desejo que esta noite não tenha fim, para puder uma e outra vez te ter, sentir-te e tu sentires-me com furor, fulgor e paixão.
Sei que a hora de ir está perto, olho para o relógio e levanto-me, tu ainda deitado, cansado do prazeroso momento que tivemos não me sentes; visto-me e saio sem olhar para trás, sentindo agora os teus olhos fixos em mim a implorar por um até amanhã.
Fecho a porta atrás de mim, como se fechasse um outro capítulo, amanhã? Quem sabe é outro dia.

4 Comments:

Blogger Tânia Pato said...

Bemmmmm, sinto-me meio a tremelicar com este post Mónica.
Que relato excelente :p

13:07  
Anonymous Anónimo said...

De facto não há nenhuma conversa de"válvulas" que supere o "DESEJO"!
Parabens! Temos mulher!

14:46  
Blogger Vítor Ramalho said...

Gostei do teu blogue.

13:30  
Blogger Vítor Ramalho said...

Faço a mesma pergunta.

23:11  

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