15 fevereiro 2007

Educação

A educação em Portugal é uma manta de retalhos, remenda aqui, cose ali, acrescenta-se acolá, aliás é a visão deste país em quase tudo.
A nova “alegria” que nos dá a entender a educação é o facto de que os nossos prodigiosos/as meninos/as que andam a estudar não chegam aos calcanhares dos alunos estrangeiros.
Eh pá mas que maravilha!
É óptimo dizer algo semelhante, até eu fico embasbacada com tal profissão de fé por parte dos meandros da educação. Mas, mais embasbacada fico quando se dá a entender que as provas elaboradas pelos/as professores/as não têm qualidade e que, pasmem-se agora, os mesmos que elaboram as provas até podem não ter competência para as avaliar e portanto, fiquem abazurdidos, é melhor que todos/as os/as alunos/as passem de ano!!!!
Dá vontade de perguntar, mas para que raio foi tantas reformas? A única coisa que vejo é jovens que não sabem escrever, mandam mensagem em hieróglifos até um egípcio se via grego para as decifrar, não sabem responder correctamente ao que se pergunta, não fazem a menor ideia porque é que se comemoram datas importantes para o nosso pais e inventam com cada resposta para as esclarecer que até o cabelinho na nuca se eriça todo, para além de outros aspectos mais.
Ponto assente é o facto de, da minha geração para a geração da minha irmã por exemplo (5 anos de diferença) o que fizeram foi cortar matéria, acrescentar palavras de gíria para palavras correctas, reduziram manuais e agora até querem saber quantas vezes é que os meninos/as sabem que os pais fazem sexo por semana!!
Fracamente, não espanta portanto a ninguém que os alunos estrangeiros sejam melhores que os nossos, eles aprendem, os nossos andam na escola.
De quem é a culpa? Minha não é, dos meus pais também não, se calhar, isto é uma hipótese, se calhar é dos governos! Ou estarei errada?
E os/as professores/as que se insurgem tanto contra e ficam ofendidos? Que andam a fazer? Não sabem levantar a voz e dizer todos bem alto não às reformas? Isto é um país do deixa andar. Não estou a culpar os/as professores/as, mas penso que se calhar podiam fazer um pouco mais. E se os/as professores/as não têm competência para avaliar as provas é ainda mais grave, porque não só pomos em questão o sistema educativo até ao secundário, mas o ensino superior, e portanto todos/as os/as professores/as do ensino universitário não são credíveis porque não ensinaram os/as actuais professores/as a ensinar correctamente.
Pescadinha de rabo na boca hãã?

Pensamento do dia

"Eu fiz um acordo de coexistência pacífica com o tempo: nem ele me persegue, nem eu fujo dele. Um dia a gente se encontra"
Mário Lago

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14 fevereiro 2007

dia dos namorados

O dia de namorados é, regra geral, um dia “penoso” para mim e este ano não é excepção; tenho por hábito passá-lo sozinha e à noite com os/as amigos/as. Este ano pensei em chegar a casa, abrir a garrafa de Licor Beirão, pegar no maço de tabaco e sentar-me à janela a ver as estrelas e ouvir música. Planos furados pela minha irmã que insistiu para que fosse a casa dela ver um filme e depois irmos jantar fora, o filme não fui ver [estou a escrever estas linhas (nem sei se alguém lê o que escrevo aqui)], mas vou jantar.
Mas o propósito deste texto não é contar o “quão penoso” é o dia para mim, mas escrever o seguinte: não sabem os namorados, os verdadeiros namorados, a SORTE que têm de terem alguém ao lado, para poderem partilhas histórias, momentos, sorrisos, tristezas. O bem que têm em alguém dizer-lhes “amo-te”, o facto de terem consideração por parte do/a outro/a, o verem o/a outro/a a mostrar o quanto valem para ele/a. Há muito que não sinto isso, há muito que não oiço isso. Acho maravilhoso e gosto de ver um casal de namorados de mãos dadas e a sorrirem, com um sorriso sincero, um olhar de amor, carinho que sentem um pelo outro é magnífico.
A geração supermercado em que tudo é uma embalagem que se abre, consome e deita fora, chegou a todo o lado e já chegou à minha geração. As pessoas não têm crença no amor, nem confiança, nem demonstram ao outro o valor e a consideração que têm, NÃO é tudo a consumir e até à próxima embalagem,
Amem a pessoa que está ao vosso lado e mostrem por actos, palavras leva-as o vento, o quão vocês gostam e amam essa pessoa.

dia de São Valentim- dia pagão ou cristão?

O dia de São Valentim é fruto da mistura entre tradições pagãs e religião católica. O dia 14 de Fevereiro era, na antiga Roma, um feriado dedicado a Juno, a rainha dos deuses romanos, também conhecida pela deusa das mulheres e dos casamentos.·Outra origem provável para o dia dos namorados é o festival dedicado a Fauno (Pã entre os gregos), divindade que velava pela fertilidade dos campos e pela fecundidade dos rebanhos, e que se celebrava a 15 de Fevereiro.·Durante estes festejos, chamados de Lupercalia, eram sorteados os nomes das jovens solteiras entre os rapazes candidatos ao namoro. O romance podia ter a duração do festival ou ser mais longo. Muitas vezes os jovens apaixonavam-se e casavam mais tarde.·O festival Lupercalia foi mais tarde adaptado pela Igreja cristã, que pretendia abolir as festividades pagãs. O sorteio dos nomes das raparigas foi sendo substituído por nomes de santos, e o ritual foi “apadrinhado” por São Valentim, que tinha morrido, precisamente, a 14 de Fevereiro de 269 d.C.A data coincidia, também, com o início da época de acasalamento das aves.O nome “Lupercalia” deriva de “Lupus”, lobo em latim. “Lupercal” era a gruta sagrada onde a loba tinha alimentado os gémeos Rómulo e Remo, fundadores de Roma. Todos os anos, a 15 de Fevereiro, os sacerdotes reuniam-se nesta gruta e sacrificavam pequenos animais, tiravam-lhes a pele e tocavam nas pessoas com tiras de pele dos animais, para curar a esterilidade. Daí a associação entre esta altura do ano e o amor/sexo.

História de são Valentim

Conta a lenda que Valentim era um padre que, no século III d.C., casava, em segredo, os jovens pares de namorados.·A Igreja Católica regista pelo menos dois santos com o nome de Valentim. Um seria bispo de Interamna; outro sacerdote em Roma. É possível que se trate do mesmo santo, que terá sido levado em martírio da sua cidade para a capital do Império. Além disso, segundo o “Martirológio Romano”, ambos foram decapitados na Via Flaminia e têm a sua festa a 14 de Fevereiro. Conta a lenda que Valentim era um padre que, no século III d.C., casava, em segredo, os jovens pares de namorados. O Imperador Cláudio II, reconhecendo que os melhores soldados eram solteiros, tinha proibido os mancebos de contraírem matrimónio. Valentim, ao ousar celebrar casamentos, foi descoberto, preso e condenado à morte por decapitação. Actualmente, a Igreja de Santa Praxedes, em Roma, guarda as relíquias do santo e é um destino de romaria de muitos pares de namorados. Há também referências a um Valentim que, na mesma época, ajudava os Cristãos a fugir da cadeia romana, onde eram muitas vezes torturados.

10 fevereiro 2007

Pedaços

Domingo e mais uma noite mal dormida, mais uma vez o pensamento martela, arrasta-se da cama, abre a janela, sente os primeiros raios de sol a invadirem a alma, esboça um sorriso.
“Hoje tenho de ler o texto e preparar o mini relatório, tenho de arrumar a casa, tenho de ir comprar fruta, tenho de mudar a cama, tenho de, tenho de, tenho de..” pára de pensar no que tem de fazer.
Olha para trás, remexe no pensamento das noites mal dormidas, o corpo cansado, a vida vazia.
Uma espera, a eterna espera, não vem, não chega, não tem privilégio, não tem o lugar dela, o telemóvel não toca, não há mensagens, só o vazio.
O coração mingua quando se lembra e as lágrimas correm olha para o redor e volta-se a aninhar nos lençóis, “de nada ajuda, mas não me apetece fazer nada” e o pensamento leva às conversas, tantas conversas, às mensagens trocadas, aos sentimentos estilhaçados.
O sonho recente desfeito, o sentimento em pedaços, o vazio que sente “não era supostos sentir-me vazia, só, mas estou bahhhh” bebe água, fuma um cigarro, comida não entra e bebe mais água, volta-se para os raios de sol, esboça um sorriso, coloca a cabeça na almofada fecha os olhos e vislumbra um sonho.