20 janeiro 2006

Política

Tentei abster o meu comentário sobre estas eleições, mas..... é mais forte que eu.

Poderia começar de diversas formas, desde fazer um pequeno histórico, passando pelo comentário sobre os candidatos, desenhando os contornos que estas eleições tiveram, desde o "diz que disse", até ao "eu sou bom, sou muito bom, eu sou bom, sou muito bom é sempre a abrir" (à moda dos Xutos), mas não.

A melhor forma que encontro é pequena e singela, mas é à minha moda que é bem melhor que ser brejeira.

Os candidatos à Presidência,
pensam que têm tudo na mão,
esgotam a nossa santa paciência,
com a cantiga do ladrão.

Desde o poeta alegre,
Passando pelo revolucionário,
contornamos um indio e um cavaco,
Vamos dar ao grande imaginário.

Grande só se for de idade,
que de grandeza perdeu,
seus trejeitos sem igualdade
E o povo disse "ardeu".

Venha máquina laranja
que eu prefiro o kiwi,
Vem o vermelho em grande
Mas o azul é que ri.

Alguma independência reina nas ruas
com os candidatos todos pimpões,
O PS e PCP andam de Luas
Mas o povo quer é o euromilhões.

Nestas eleições me empenhei
por tentar compreender
Que raio querem estes homens
E quem é que vai vencer.

Meu apoio é claro e sincero,
Minha simpatia cristalina,
Para ele elaboro este escrito
Para que a liberdade não seja vencida.

Por aqui termino,
Este pequeno poema.
Desejo felicidade e
que o PS trema.

Mónica Leonardo

04 janeiro 2006

Meditar e pensar

Se penso mais que um momento

Se penso mais que um momento
Na vida que eis a passar,
Sou para o meu pensamento
Um cadáver a esperar.

Dentro em breve (poucos anos
É quanto vive quem vive),
Eu, anseios e enganos,
Eu, quanto tive ou não tive,

Deixarei de ser visível
Na terra onde dá o Sol,
E, ou desfeito e insensível,
Ou ébrio de outro arrebol,

Terei perdido, suponho,
O contacto quente e humano
Com a terra, com o sonho,
Com mês a mês e ano a ano.

Por mais que o Sol doire a face
Dos dias, o espaço mudo
Lambra-nos que isso é disfarce
E que é a noite que é tudo.

Fernando Pessoa

Ano Novo

Há algum tempo que não escrevo umas linhas neste blog, foi a azafama que me impediu.
O Natal já foi, repleto de compras, presentes, bolos, bolinhos, pinhões, nozes, bacalhau, polvo, etc, ou seja o puro consumismo desta data. Não se lembra a razão desta data, o porquê da sua existência, mas sim o que a sociedade foi impondo aos seus cidadãos, a razão da troca de moeda, cartão, dinheiro, muito dinheiro, porque é isso que move o mundo onde habitamos. Sim onde habitamos, não onde vivemos. Viver é uma coisa, habitar é outra.
Nem recompomos do Natal e do dinheiro que gastamos e lé vem outro gasto, Ano Novo!!
Ena que alegria, felicidade, é o champagne, é o bolo rei, é os camarões, é os docinhos feitos em casa ou comprados, é o compartilhar o mesmo espaço com outros, quer sejam amigos, ou desconhecidos, não interessa é a alegria! ´Será mesmo?
E será que é Ano Novo? Um amigo meu escreveu - "Jamais haverá Ano Novo se voltarmos a cometer os erros dos Anos Velhos!"; concordo plenamente. Ano Novo- Vida Nova é cliché, mas gostamos, faz-nos sentir numa redoma que nos protege dos maus augurios do passado! Sei, claro, pois é isso!!
Vamos fazer um Ano Novo em que realmente sejamos novos, na nossa maneira de pensar, agir, olhar, fazer. Vamos ter consciência e deixarmo-nos de "patranhas" e começar a olhar de frente, enfrentar e chamar as coisas pelos nomes.

A todos um verdadeiro Ano Novo repleto de felicidade, amor, racicionio, paz, saúde e principalmente consciência!!!!